Saturday, August 18, 2012

Polêmica sobre anular o voto nas eleições.

Acreito que é muito benéfico que esses temas estajam sendo levantados, isso abre espaço para uma discussão, onde a troca de informação acontece. Certamente que o referido é tecnicamente possível mas com todo o respeito, discordo totalmente sobre a eficiêcia de se ANULAR o voto. Creio que essa é a PIOR atitude que um cidadão pode ter durante uma eleição “é como estudar muito e passar na USP e não ir às aulas”. Na minha opnião o voto não deveria ser obrigatório. http://www.youtube.com/watch?v=aJugkp5W2D4

 Sim, é mais fácil e anônimo se ANULAR o voto mas isso só mostra uma total falta de patriotismo, civismo e vontade de TRABALHAR pela democracia. É um ato de covardia e total provincianismo. “É como querer ganhar na loteria, mas não comprar o bilhete”.

 A palavra “Anular” significa dentre outras coisas: 
1 cancelar 
anular um compromisso 
anular um contrato 
2 destruir 
anular a identidade de alguém 
v pron anular-se [ɐnu'larsə] diminuir-se, menosprezar-se 
anular-se perante os outros 

 Acredito que independente da crença, todos saibam oque significa o ato de “LAVAR AS MÃOS” na cultura cristã. Isso mostra muito a triste realidade da geração que não sabe muito sobre seu passado, vivem um presente confuso e obscuro e tem poucas chances de contruir um futuro brilhante para a pátria.
Essa geração na sua maioria não sabem bem de onde veio, quais os regimes existiram no passado e as conquistas já alcançadas. Nunca viveram numa ditadura e não sabem que algumas pessoas morreram para que nós tivessemos os direitos que temos hoje.
Infelizmente esse é um raio X do poder da mídia que nos influencia com: Pagode, altas risadas no favcebook , Pânico, A novela das 8:00, Big Brother, Futebol, Carnaval que são distrações que todos devemos ter mas não podemos moldar nosso estilo de vida e opniões basedos nesses padrões ou mesmo nos privarmos de outra fonte de informação e entreterimento por causa das mesmas.
Infelizmente hoje pensamos menos e deixamos que outros pessem por nós. É bem mais, fácil e se der tudo errado, não foi nossa culpa certo? Se continuar-mos nesse caminho quais serão os próximos passos?

  • O fim das eleições diretas?
  • A volta da Diatadura?
  • Talvez a volta da Escravatura?
  • Quem sabe a Volta da Moraquia
  • No fim podemos entragar o país novamente a Portugal.

 Quando abrimos mão dos nossos direitos, outros vem e os tomam.

 Um bom exemplo de se ANULAR, ser neutro e não fazer nada pode ser visto em um incidente occorido em 1994 na Africa. E Abril 1994 no genocídio ocorrido em Rwanda mais de 500.000 pessoas foram massacradas, quase todas as mulheres foram estupradas, muitos dos 5.000 meninos nascidos dessas violações foram assassinados.
As autoridades principalmente os Estados Unidos se ANULARAM e não mandaram ajuda para o local, com a desculpa de que não estava ciente do ocorrido. Somente quando a mídia e opnião pública se manisfestou foi que o genocídio foi contido mas o preço da ANULAÇÃO foi bem caro.
É claro que isso no momento não se aplica da mesma maneira na atual discussão mas, é claro também ver que quando se ANULA algo, alguém de má fé não vai se ANULAR e sim vai tirar proveito desse momento de fraqueza. Alguns links sobre Rwanda:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Genoc%C3%ADdio_em_Ruanda

http://www.youtube.com/watch?v=iH98lWbwd3E

Democracia pelo mundo 
Esse mapa mosta o nível de democracia nos paises.
Os países em tom verde são os que tem um regime democratico (Os tons escuros indicam onde o democracia é total e os claros parcial)
Os países em tom vermelho são os que tem regime autoritário (Os tons escuros indicam onde o autoritarísmo é total e os claros parcial)
  http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/87/Democracy_Index_2011_red_and_green.png

Seria uma coincidencia que os tons vermelhos se apresentam nos paises onde na sua maioria o povo não tem direito ao voto?

 Nenhuma, nação é perfeita e os erros fazem parte do crescimento, mas nos países onde a democracia é eficiente os povo participa ativamente do processo político e eleitoral não apenas assistindo. As pessoas vão as rua boicotam, produtos, manipulam a mídia ou seja o povo governa e os políticos são meros empregados do povo exercendo sua vontade. Nesses países o governo teme seu povo, e não o contrário.
No Brasil infelizmente elegemos um candidato e ficamos esperando que ele faça tudo por nós. Somos mestres em apontar dedo e achar o culpado, mas amadores na arte de encontrar soluções.
Como diria o ditado “Ou você faz parte do problema ou faz parte da solução do mesmo” Atualmente de que fazemos parte?

Os políticos são meros empregados que elegemos para trabalhar fazendo oque desejamos. No nosso caso são empregados caríssimos e extremamente incompetentes.
Oque você faria se sua empresa pagasse um fábula a um funcionário que não trabalha direito? Acredito que 99% das pessoas tracaria de funcionátio. Então, porque não trocamos nossos políticos?
Infelizmente os políticos farão pouco se o povo não estiver sempre presente nesse processo, isso começa antes da eleição e termina bem depois, “é como se ter uma empresa e esperar que os empregados cuidarão bem dela como você mesmo”.
Educação, participação política e voto ciente são as única e mais poderosas armas da população contra as injustiças por isso não ANULEM seu voto, “seria como atirar em você mesmo e esperar que seu inimigo morra”.

Thursday, July 1, 2010

Tempo

No mundo de hoje, a vida normalmente é direcionada e por que nao movida por certos fatores: Amor, Dinheiro, Poder etc. Mas, oque seria a coisa mais importante, mais preciosa, mais ponderosa dessa nossa limitada existencia nesse nosso ensaio para o desconhecido?

Depois de refletir bastante eu particularmente chegueia conclusao que esse poder superior que esta sempre ao nosso redor e por mais que possomos lutar nunca poderemos vence-lo é o “Tempo”.

É um agente politico da maior honestidade, 100% democrático não faz distinção de niguem nem por raça, sexo ou idade, todos recebem a mesma atenção. O tempo esta conosco desde que nascemos, e é um companheiro inseparável, ele sem qualquer esforço nos conduz e determina o destino de nossos atos.

Se você não estuda no tempo certo perde oportunidades na vida, esse tempo não volta mais e talvez a oportunidades também, se você nao se declara para seu primeiro amor, isso certamente vai te acompanhar pelo resta da vida (aquele nome nunca sera esquecido), se você namora por muito tempo e não se declara a pessoa a amada, o tempo se encarrega de colocar alguem no caminho que o faz. E aquele momento não volta mais.

O tempo tambem é um agente que nos ajuda a mudar:
O impaciente se torna paciente, o duro se torna sentimental, o bom se torna mau e vise e versa. Ele testa nossa paciencia pois a dele é infinita pois as possoas mudam sim se quiserem e o tempo se encarrega de fazer-nos querer. O tempo esta em toda a parte para quem quiser aproveita-lo e quem sabe tambem disperdiça-lo.

Tempo imortaliza alguns e outros torna anônimo. Pessoas que no passado idolatramos caem no esquecimento e outros que nem nos lembrava-mos hoje são parte indispensáveil do nosso viver. O tempo seca feridas ou abre novas, faz amigos e cria inimigos, alguns escrevem livros outros esquecem com escrever, cria a vida e irradica a mesma sem a menor discriminação e sem remorço do que fez.

Certa vez numa crise amorosa um amigo me disse uma coisa que me fez pensar batante e é uma das razões pela qual escrevi esse texto: “A coisa mais preciosa na vida é o tempo. Se não se toma as decisões certas ou pelomenos não se tenta toma-las, o tempo se encarrega disso para você”. No meu caso, o tempo era para me amar e esquecer do passado, viver o presente para sonhar com um futuro. Mas essa é uma outra história!

Se com medo não usamos o tempo, ele não nos espera segue seu rumo e mais uma vez se perde um pedaço da vida que nao volta mais.

O tempo nao pode ser ultrapassado e nem podemos retorna-lo tudo oque podemos fazer é aproveita-lo da melhor maneira possível.

Na vida só se arrependa do que teve oportunidade de fazer e nunca fez, esse tempo não volta nunca mais!

Thursday, February 18, 2010

STAND CLEAR OF THE CLOSING DOORS, PLEASE

It’s 3:25 am on Friday, and I’m on the N train coming back home after a twelve-hour shift at the downtown restaurant where I work. Unlike my co-workers, I’m a waiter, not an actor. This is something that intrigues me. I have been doing this kind of job for over eight years, and most of my co-workers started doing it pretty much at the same time I did. So why am I still a waiter and they have been promoted to actors?

I start to relax, and for some strange reason start to remember different things I experienced in the New York City’s subway. I’m from Brazil and I have been living in New York City for over 11 years. During all this time, I rode the subway daily. I can remember the first time I traveled by NYC subway. I was not pleased. I found it to be too old, too dirty, and apparently about to fall apart every time it made a turn. It was loud, so different from the subway where I came from. There the subway is silent and so clean, much like DC’s subway. But after while I noticed that the NYC subway is far more efficient than the one I knew, plus it works twenty-four hours a day. Our subway closes after 1:00 am, so I guess I will stick with New York’s City subway.

I remember a day on the subway when I was surrounded by Tibetan monks all in their traditional costumes. I remember another time when the subway got stuck, and people inside started to complain about not going home. Then a homeless person riding in the same car started to yell: “Do you all want to go home? Guess what? I’m home, I live here!” Also, I will never forget the time I was trapped inside the train for about an hour on September 11, 2001. I remember some of the performers--singing, dancing, and doing all kinds of different things. It is also hard not to mention the people who beg for money. I have to admit some of them are quite creative. The one that I will never forget was a female midget who walked on the subway using the catchword: “CHANGE!!!” This was also the only word she said.

In the meantime, the subway was still running, and I was thinking about another interesting story that occurred on a night much like this one.

The train was not crowded, and there were plenty of available seats. There was a man in front of me, probably Eastern European, and some Spanish guys two seats from me. In the left end of the car, an old lady was talking to herself, and on the opposite side, an African American was sleeping. I noticed that the old lady was having a really substantial conversation with an imaginary friend or perhaps with only her conscience. It was really hard to know, but from what I could see and hear during a period of fifteen minutes, she expressed anger, love, doubt, sadness, and of course laughs. After the Union Square stop, more people arrived and she got a little shy, but it was only for a few minutes. Then she started the conversation again. I noticed that when the train stopped at the 28th Street, the African American was still sleeping. Maybe he was also a waiter or an actor. Who knows? Maybe he already missed his stop? Maybe not? At this very moment, two cops decided to join us on our journey. They entered the car from the left side and stayed close to the old lady. They also seemed tired, but they didn’t sit down. I guess NYC police are not allowed to. Anyway, they added some blue color to the car, but nothing really changed.

When the train reached Times Square, suddenly the faces of the two cops changed. They saw something and apparently it was a big deal. They started to come in my direction, and my heart almost got out of my mouth. They were now walking faster, and as they passed by me, I was relieved. But what did they see? They went straight into Mr. Sleeping Beauty’s direction, and as they reached him, one of the cops went to the outside and signaled the train’s conductor to not proceed. A minute later, he was back with his partner, and at that moment I was extremely curious about what could be the case. Maybe the man was sick, and they were waiting for the paramedics. As they started to examine the man, carefully moving him, I could see a red spot, nothing big but enough to catch my attention. Apparently the cops saw it too, and I could see a certain concern on their faces.

About three minutes later the train was still stuck. Now it was 3:55, and I was halfway home. Another five minutes passed quickly, and some paramedics arrived. They seemed very worried. As another ten minutes passed, the paramedics and the cops worked hard trying to resuscitate the man, but with no success. Yes, he was dead! For more than a half a hour I had been traveling along with a cadaver. It was not the first time I saw somebody dead, but I never had this kind of experience in motion. I guess the most amazing thing is that, like me, nobody even noticed his lack of life. After a while, all the passengers were asked some basic questions: Did we notice any movement of the body or did anybody see another person with the deceased? The Spanish guys could not answer all the questions, so I had to translate using my broken Spanish: “La policia queren saber se ay visto algo suspecho.” At a certain point, I saw a question mark over the head of my fellow Latino friends. I guess my translation was causing more confusion than clarification, but after few attempts, we could understand each other.

As expected, nobody saw any irregularity, but we were still trapped until they allowed the train to continue. I thought of changing trains, but at this point it would take a long time. A cab perhaps? No, it’s too expensive and plus sometimes it takes a while to get those and the drivers do not always want to leave Manhattan. So the best choice was to wait for the clearance. I finally got home around 5:30 am. I was tired and a little stressed, but I’m sure that tomorrow I’ll see or be a part of another unique story in New York City’s subway.

Wednesday, January 13, 2010

Inverno

“Que coisa linda a neve, sempre foi meu sonho ver a neve de perto deve ser maravilhoso!”
Acredito que essa deva ser uma frase ou pensamento comum para nós nativos dos paises localizados abaixo da linha do Equador. Well, é bem bonito ver a neve e o frio, NO CINEMA OU EM CARTÃO POSTAL!

Para quem acha que aqui em NY o frio é gostoso como por exemplo o de Campos de Jordão ou parecido com o friozinho do Sul do país, sinto em informa-lo que é bem diferente, bem desplazeroso ou como alguns Americanos que não curtem o frio dizem “discusting”.

Ainda me lembro da primeira vez que vi a neve estava acompanhado de uma namorada e tudo era lindo e romântico, tudo branquinho parecia um sonho, “Emfim a tão esperada NEVE”. Claro que tudo isso era oque eu estava presenciando do lado de dentro do meu apartamento super aquecido (aqui todos os apartamentos tem aquecedor interno). No dia seguinte a impressão foi outra, tudo quase branco, na verdade muita lama causada pela neve deretida sujeira e fumaça dos carros, e parte dessa lama no meu sapato e na minha roupa intensificando o frio. Meu sonho começou a se transformer num pesadelo quando senti que a temperaturehavia caido drasticamente e a roupa que me aqueceu tão bem no dia anterior nao era suficiente para o dia seguite. Bem posso dizer que a primeira neve a gente nunca esquece mas as demais niguem procura lembrar!

O frio começa a chegar no inicio de Outubro e por uma coincidência do calendário Americano vem de vez depois do feriado de Thanksgiving que cai sempre na última Quinta Feira do mês de Novembro. Sinceramente eu nao não faço a mínima idéia do porque mas é batata depois desse feriado o tempo esfria de vez. O frio só vai acabar no final de Fevereiro então para os amantes do carnival ai vai um aviso: enquanto todos estiveram suando e desfilando na Avenida, você estará congelando na fase mais fria do inverno Novaiorquino e o pior de tudo é que se pode ver toda folia Brasileira pela telinha da Globo (Sim tem Globo aqui para te torturar!).

Desse modo não aconselho a niguem vir para cá antes do fim de Fevereiro, a não ser que goste de muito frio. Quando falo “muito frio”estou me referindo a temperaturas abaixo de ZERO, a média da temperature do inverno de NY fica na casa dos -2ºC e pode chegar em certos casos a -20ºC. Para se ter uma idéia de com será sua folia em NY faça o teste do Freezer, se você tem um em casa ou na casa de um amigo, tire tudo de dentro e se agasalhe, fique la dentro por uns 15 minutos depois me conta como foi!

Aviso aos navegantes: Os agasalhos do Brasil não sao feitos para o inverno daqui. Para vencer o frio é aconselhado muitas camadas de roupas especificas para as condições locais.
Sim, comprar um bom casaco é uma investimento necessário, se pode compra uma bom casaco por uma media de 65 dolares, tudo depende do modelo, marca e qualidade do mesmo.

Uma coisa que para nós brasileiros é uma novidade, é a falta de humidade no inverno. O clima se torna muito seco e cremes hidratantes, protetor labial são impresindíveis.

Mas tirando todos essses fatores on inverno ate que é bonito!

Thursday, July 30, 2009

LIMBO



A palavra “Limbo” tem origem no latim e significa “borda/margem”. Limbo teve diversos significados dependendo da cultura em foco, mas no nosso caso, VAMOS FALAR SOBRE SEU USO NA TRADIÇÃO CATÓLICA... No catolicismo, LIMBO significava um lugar entre o céu e o inferno onde as almas que não foram purificadas do pecado original (crianças sem batismo, ou pessoas Justas que morreram antes da vinda de Cristo `a terra).Essas almas estariam em um lugar entre o céu e o inferno eternamente privadas da presença de Deus, mas também nunca irão ao inferno.

Pois bem, o que tudo isso tem haver com New York? De certo modo tudo.

New York é um lugar que abriga pessoas e culturas do mundo inteiro, diferentes filosofias, hábitos, reações, objetivos e linguagens estão aqui misturados, unidos por uma língua única, o inglês.

Já vi e vivi diversas situações envolvendo todos esses fatores e, em alguns casos, as pessoas que vivem aqui por certo período (que varia de pessoa para pessoa) passam pela experiência de se sentir numa espécie de LIMBO.

Muitas pessoas vêm para New York à procura de um sonho, para experimentar, ampliar seus horizontes, estudos e etc… Qualquer que seja o objetivo, é inevitável o confronto com o choque cultural, onde a pessoa se distancia de sua própria cultura e se aproxima da cultura local.

Quando aquela pessoa que mora no exterior, chega de visita ao Brasil e de repente tem um branco quanto ao uso da língua portuguesa ou até mesmo troca palavras em português por outras em inglês, acredite, isso acontece. Não nos damos conta, mas a língua portuguesa é muito complexa e seu desuso gera uma perda na habilidade na mesma.

Voltando a NY, durante os meses ou anos de vivência, juntamente com a linguagem, a pessoa começa a não saber das gírias do momento, daquela nova piada, futebol não é tão importante, valores e hábitos caem no esquecimento e ao mesmo tempo a mesma pessoa absorve mais e mais da cultura local.

Nesse momento muitas pessoas se vêem aprisionadas numa espécie de LIMBO, estão perdendo sua cultura e ao mesmo tempo não se sentem totalmente confortável com a cultura local. A diversidade cultural também ajuda bastante a confundir a quem está nessa situação. Em alguns casos a pessoa esquece parte do português não aprende bem o inglês e quase acaba muda!

O LIMBO vai bem além do fator idioma, vc acaba se retraindo, se afastando de tudo e todos. A pessoa fica isolada, solitária e depressiva. Muitas pessoas infelizmente nunca conseguem sair desse local.

Alguns fatores que contribuem para uma pessoa se aprisionar nesse LIMBO:
Muitas pessoas vêm para NY com sonhos e expectativas, isso já foi mencionado anteriormente. Mas outras pessoas vêm para NY fugindo de seus problemas, preconceitos, traumas, angústias. Elas encontram um lugar onde não se tem de dar satisfação a ninguém, onde a discriminação sexual e racial é menor e onde eles podem ser o que desejarem. É muito comum encontrar pessoas que criam um mundo paralelo perfeito ao que tinham no Brasil onde a família era harmoniosa e dinheiro nunca foi problema... Quem vai saber? Declarações como: “No Brasil eu era Diretor, Professor, Gerente, Artista Renomado, Empresário” são bem comuns. Quem vai saber?

Em NY essas e outras pessoas conseguem o que era difícil no Brasil, FUGIR. Fugir para bem longe dos problemas, dos julgamentos, de assuntos inacabados, de encarar a realidade e ter de encarar os problemas de frente. Aqui não só no Halloween (Dia das Bruxas) se pode usar uma máscara, mas pode se usar máscara todos os dias, uma máscara que transforma qualquer situação indesejada numa outra visualmente prazerosa. Tudo isso com a vantagem de se pode trocar de máscara quando bem entender. Pois numa cidade com NY normalmente a individualidade é levada muito a sério e quase ninguém quer saber da sua vida. Vive-se cercado de gente por todos os cantos e ao mesmo tempo sozinho, numa solidão profunda.

Fugir da realidade é algo muito comum nas pessoas localizadas no LIMBO, elas de certo modo se sentem confortáveis, porque podem se esconder de todos e de tudo sendo o que sua imaginação os permitir, tendo somente um único temor, o inevitável encontro de todos os dias com elas mesmas no espelho, o momento do dia onde todas as máscaras inevitavelmente caem.

Pois bem, o que tudo isso tem haver com New York? De certo modo tudo.
New York é um lugar que abriga pessoas e culturas do mundo inteiro, diferentes filosofias, hábitos, reações, objetivos e linguagens estão aqui misturados, unidos por uma língua única, o inglês.

Já vi e vivi diversas situações envolvendo todos esses fatores e, em alguns casos, as pessoas que vivem aqui por certo período (que varia de pessoa para pessoa) passam pela experiência de se sentir numa espécie de LIMBO.

Muitas pessoas vêm para New York à procura de um sonho, para experimentar, ampliar seus horizontes, estudos e etc… Qualquer que seja o objetivo, é inevitável o confronto com o choque cultural, onde a pessoa se distancia de sua própria cultura e se aproxima da cultura local.

Quando aquela pessoa que mora no exterior, chega de visita ao Brasil e de repente tem um branco quanto ao uso da língua portuguesa ou até mesmo troca palavras em português por outras em inglês, acredite, isso acontece. Não nos damos conta, mas a língua portuguesa é muito complexa e seu desuso gera uma perda na habilidade na mesma.

Voltando a NY, durante os meses ou anos de vivência, juntamente com a linguagem, a pessoa começa a não saber das gírias do momento, daquela nova piada, futebol não é tão importante, valores e hábitos caem no esquecimento e ao mesmo tempo a mesma pessoa absorve mais e mais da cultura local.

Nesse momento muitas pessoas se vêem aprisionadas numa espécie de LIMBO, estão perdendo sua cultura e ao mesmo tempo não se sentem totalmente confortável com a cultura local. A diversidade cultural também ajuda bastante a confundir a quem está nessa situação. Em alguns casos a pessoa esquece parte do português não aprende bem o inglês e quase acaba muda!

O LIMBO vai bem além do fator idioma, vc acaba se retraindo, se afastando de tudo e todos. A pessoa fica isolada, solitária e depressiva. Muitas pessoas infelizmente nunca conseguem sair desse local.

Alguns fatores que contribuem para uma pessoa se aprisionar nesse LIMBO:
Muitas pessoas vêm para NY com sonhos e expectativas, isso já foi mencionado anteriormente. Mas outras pessoas vêm para NY fugindo de seus problemas, preconceitos, traumas, angústias. Elas encontram um lugar onde não se tem de dar satisfação a ninguém, onde a discriminação sexual e racial é menor e onde eles podem ser o que desejarem. É muito comum encontrar pessoas que criam um mundo paralelo perfeito ao que tinham no Brasil onde a família era harmoniosa e dinheiro nunca foi problema... Quem vai saber? Declarações como: “No Brasil eu era Diretor, Professor, Gerente, Artista Renomado, Empresário” são bem comuns. Quem vai saber?

Em NY essas e outras pessoas conseguem o que era difícil no Brasil, FUGIR. Fugir para bem longe dos problemas, dos julgamentos, de assuntos inacabados, de encarar a realidade e ter de encarar os problemas de frente. Aqui não só no Halloween (Dia das Bruxas) se pode usar uma máscara, mas pode se usar máscara todos os dias, uma máscara que transforma qualquer situação indesejada numa outra visualmente prazerosa. Tudo isso com a vantagem de se pode trocar de máscara quando bem entender. Pois numa cidade com NY normalmente a individualidade é levada muito a sério e quase ninguém quer saber da sua vida. Vive-se cercado de gente por todos os cantos e ao mesmo tempo sozinho, numa solidão profunda.

Fugir da realidade é algo muito comum nas pessoas localizadas no LIMBO, elas de certo modo se sentem confortáveis, porque podem se esconder de todos e de tudo sendo o que sua imaginação os permitir, tendo somente um único temor, o inevitável encontro de todos os dias com elas mesmas no espelho, o momento do dia onde todas as máscaras inevitavelmente caem.

Thursday, May 21, 2009

Como foi meu começo.

16 de Agosto de 1998, em meio a uma viagem bem conturbada e uma dramática mudança de itinerário cá estava eu finalmente em Nova York aproximadamente 20 horas depois de embarcar no Aeroporto de Guarulhos. Parecia um sonho ou talvez um pesadelo, mas, o mais importante é que estava em terra firme,
Na minha cabeça especificadamente passava a seguinte frase: “seja lá que terra fosse aquilo seria melhor do que esta no ar”.
O fato era que nas ultimas horas já estivera em 3 diferentes países (Brasil, Porto Rico e Estados Unidos), agora enfim terminara minha viagem épica.
Depois de sair de Guarulhos (A propósito, o primeiro voo da minha vida), em meio a uma confusão de sentimentos, sendo que eu estava partindo do meu país sem previsão de volta e estava deixando a namorada “parece que a ficha caiu” eu pensava,
"estou mesmo indo pra NY", tudo era meio surreal e novo. Desde check-in até saber se o processo de imigração estava começando ou seria em outro lugar tudo era novo (SABE DE NADA INICENTE!). Estava pisando em muitos ovos. Depois de algumas horas me acalmei e já no avião percebi que deveria me relaxar e aproveitar a viajem. 
É claro que no meu primeiro voo tinha de chover e chover e chover forte pra caramba, com trovões assustadores,
o que ocasionava grandes turbulências na nossa aeronave parecia a pior montanha russa que já tinha andado. Na ocasião me lembrei de quando tinha 6 anos e acompanhado da minha mãe fui a uma montanha russa que estava em um porque na cidade e que pelas aparentes más condições de manutenção, não sugeriam um bom passeio. Pois bem, fomos assim mesmo e a cada curva parecia que tudo ia quebrar e acompanhando minha mãe já desesperada nos abraçamos (nunca me brembro de uma braço tão apertado) e, literalmente gritávamos implorando que Deus ou qualquer santo de plantão nos salvasse. É evidente que sofri bullying dos meus amados irmãos por anos por causa desse episodio. 
Voltando ao voo, Apesar da chuva, turbulências, o medo natural da primeira viagem e saber que ninguém me esperava do outro lado, fiquei feliz que a aeronave dispunha de monitores para exibição de filmes para nosso conforto “ufa vou poder relaxar e me distrair um pouco e esquecer as preocupações, já que sou cinéfilo”. Chega de pensar em turbulências, um mundo de água caindo lá fora a uma altura media de 11,000 metros ou qualquer ideia absurda de possíveis desastres aéreos (o avião é o meio de transporte mais seguro do mundo),
lembrando sempre: era minha primeira vez num avião.
Pois bem, como estava dizendo, para nosso alívio tinha o bendito filme que iria nos distrair. Certo? Errado!
O filme escolhido foi “Titanic”, um filme que mostra um desastre coletivo (em um grande meio de transporte) com água por todos os lados. Lembra algo? Era evidente que agora eu iria conseguir me acalmar pelas próximas 9 horas e meias até o fim da viagem.
Eu fico pensando, quem seria o gênio que escolheria um filme de desastre para um voo de longas horas? Será que foi de propósito?
Mas claro, nem tudo estava perdido, tinha uma versão em Inglês outra em Português.  
Que maravilha! Agora sim estávamos calmos e sem nenhuma impressão que o barco ia afundar ou, no nosso caso, que o avião iria cair (detalhe, o avião tende a fazer a maior parte das viagens sob o mar).
No meio do filme e inspirado por toda energia positiva emanada pelo mesmo, tive de ir ao banheiro. Detalhes internos não serão revelados nesse nem em nenhum texto meu. Depois de um ou dois minutos alguém bate ‘a porta, “Ué, quem será”?
Acredito que existam mais banheiros nesse avião e niguem deve estar tão desesperado assim, a comida do jantar servido a bordo estava até que boa, não creio que tenha dado tempo de fazer qualquer efeito. Quem sabe? Era meu primeiro voo. Depois de alguns segundos ouvi uma nova batida, desta vez mais forte acompanhado de alguém me pedindo pra eu sair.
Nesse momento alegremente acelerei oque estava fazendo, algo que por razões obvias prefiro também não revelar e abri a porta.
Qual foi minha surpresa ao ver todas as luzes acesas e a maior parte da tripulação com coletes salva-vidas, SIM eu já tinha ido ao banheiro e novamente estava ali literalmente cagando nas calças só que dessa vez sem a capacidade física de fazê-lo. 
Fui convidado a voltar ao meu acento e também respeitando as tendências da moda da ocasião, colocando meu colete salva vidas (cor de abobora).
O capitão calmamente nos informou como se ele fosse sua avó te explicando uma receita de bolo nos mínimos detalhes: “Existe uma suspeita de fogo no compartimento de bagagem da aeronave
(claro... algo que ouvimos todos os dias. Pra se alarmar?) e teremos que talvez fazer um pouso forçado no mar”.
Pensei cá com meus botões: “Nada mau para minha primeira vez né! VAMOS SURFAR!!!”
Pois bem, no final depois dos 25 minutos mais longos da minha vida numa aeronave onde todos se calaram de pavor e podia-se ouvir a respiração de cada passageiro, pousamos. 
Nunca entendi uma partida de baseball e sempre achei esse esporte muito chato, um jogo de taco era mais legal no entanto, nunca vou me esquecer da alegria ao ver aquele campo de baseball assim que entramos em Porto Rico. Era a grama mais verde do mundo e as luzes estavam brilhando lindamente. Foi a primeira coisa que nos dava a certeza que estávamos em terra firme. Por breve momento virei fã do esporte e me esqueci até do Corinthians meu time do coração  “GO YANKEES!!!”. Depois de pousarmos em Porto Rico ficamos por lá por mais 8 horas até trocarmos de avião.
Me lembro de uma maneira nada positiva da organização do aeroporto que quase não nos informava nada. Na época meu espanhol era sofrível, bem pior do que é agora (ou seja, se já não falo bem espanhol agora imagina na época). Pois bem, não entendia muito bem os agentes que estavam organizando a transição para uma nova aeronave, me lembro bem que as malas que normalmente deveriam ir para as esteiras de bagagens (me disseram que deveria funcionar assim) no entanto, as mesmas eram carregadas por funcionários enormes e bem gordos que pegavam cada um quatro malas pesadas, cada par em um braço. Lembro-me bem que estava calor e eles usavam uma camisa de manga curta e um chapéu parecido com os de oficiais militares, lembro que a barriga deles ficava para fora e isso era realçado quando estavam carregando as malas. Curiosidades a parte, todos os tripulantes do voo acabaram ficando em uma sala sem comida ou agua por mais algumas horas e depois nos foi oferecido telefones para que pudéssemos nos comunicar, mas somente com os Estados Unidos. Bem, a única pessoa que eu tinha o contato era a pessoa que eu iria alugar um quarto e então acabei ligando para ela na esperança que minha família entrasse em contato com a mesma a fim de saber do meu paradeiro. Felizmente isso aconteceu e pude ficar mais aliviado. Quando nos foi anunciado que a nova aeronave estava pronta para prosseguir viagem, formos fazer o processo de imigração americana lá mesmo em Porto Rico, pois o mesmo é território americano. Confesso que naquele estágio eu não sabia mais oque estava fazendo fui seguindo o fluxo. Na verdade, eu nem soube que aquele era o processo de imigração até que cheguei em New Jersey.  Após a troca fomos para Newark-NJ de onde peguei um táxi para Astoria, Queens-NY.
Como não sabia que poderia ter pegado um transporte coletivo e depois um taxi, acabei pegando somente o taxi e gastando 70.00 dólares que na época era um roubo. Para completar o taxista era de origem indiana ou árabe sei la, estava muito cansado para saber (um dos piores sotaques para se entender inglês) e como na época eu falava muito pouco inglês nossa comunicação foi meio que uma briga de foice no escuro (placar 0 x 0).
Bem, assim foi como tudo começou para mim e, é claro, hoje olho para traz e dou risada.
Mas ainda acho que voar é muito seguro.
Detalhe, nunca nos foi informado se havia realmente fogo no compartimento de bagagem do avião.